Conforme os analistas, em outubro, o retorno das precipitações em todas as regiões do estado impulsionou o ritmo de semeadura das lavouras de verão, além de proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento inicial das áreas já semeadas. Ao contrário do que aconteceu no mês de setembro, quando as precipitações se concentraram predominantemente nas regiões noroeste, oeste e em algumas localidades do médio norte, em outubro, os maiores volumes de precipitação acumulada foram registrados nas regiões nordeste, sudeste, médio norte, noroeste e norte.
“Tal cenário, permitiu que na última semana do mês, o avanço diário da semeadura fosse o maior já registrado na série histórica do Instituto. A região centro-sul apresenta o menor volume de precipitação acumulada até o momento, fato que, historicamente, segue dentro da normalidade. O último relatório do NOAA sobre o ENSO indica que, embora a probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña permaneça em 60% ou mais até o mês de março, há um aumento na probabilidade de ocorrência de neutralidade climática, quando comparado ao último relatório publicado em setembro. O fenômeno La Niña, ainda que seja previsto como de baixa intensidade, deve favorecer períodos de umidade elevada em todas as regiões do estado, e as chuvas devem se manter presentes ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento da cultura da soja”, aponta o levantamento.
Se por um lado as previsões de chuvas apontam para um cenário menos crítico para a segunda safra mato-grossense, por outro lado, grandes volumes de chuva entre os meses de janeiro e fevereiro, emitem um sinal de alerta para os produtores de soja no estado, pois é nesse período, que se concentra o maior percentual de área colhida da oleaginosa.
Já para as lavouras de milho, que serão semeadas logo após a colheita da soja, a chuva pode favorecer o desenvolvimento inicial das plantas.
PLANTIO - A semeadura de soja para a safra 2024/25 alcançou 93,72% das áreas previstas até a sexta-feira (08), avanço de 14,16 pontos percentuais (p.p.) em comparação à semana anterior. Com as chuvas ocorrendo dentro do esperado no estado, os produtores de Mato Grosso têm conseguido progredir nas áreas finais. Desse modo, o ritmo da semeadura foi maior do que o observado no mesmo período do ano passado, apresentando uma diferença de 1,90 p.p. e de 2,00 p.p. acima da média dos últimos cinco anos.