Os analistas do Imea destacam que analisado o acumulado de janeiro a outubro deste ano já foram exportadas 628,84 mil TEC. “Com isso, o estado superou o recorde anterior de 605,35 mil TEC, alcançado em 2022. No entanto, apesar do volume recorde, quando comparada à receita de 2022 com a de 2024 é possível observar uma redução de 20,60%”, alerta. Essa retração é resultado do menor preço médio da tonelada, que ficou em US$ 3.468,20/t na parcial de 2024.

A China se mantém a principal compradora da carne bovina mato-grossense, com participação de 42,20% neste ano. Em seguida, estão Emirados Árabes (9,92%) e o Egito (5,02%) no mesmo período. Além disso, esse cenário de maior demanda pela proteína mato-grossense, tem superado a alta oferta de animais no estado, sendo um fator positivo para os preços do boi gordo no estado, mas que deve pesar no mercado doméstico.

ABATES - Em outbro foram enviadas 627,18 mil cabeças bovinas para abate em Mato Grosso, conforme o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Apesar do recuo de 3,07% no comparativo mensal, o número total de abates de janeiro a outubro de 2024 alcançou novo recorde, superando o volume total de bovinos abatidos em 2023, com 6,24 milhões de cabeças até o momento.

“Esse movimento de alta foi incentivado pelo maior número de machos abatidos durante o período, tornando o período o segundo maior de toda a série histórica, com total de 402,81 mil cabeças, e participação de 64,23% no volume geral. Esse cenário foi reflexo da alta quantidade de machos nos confinamentos, que resultou na maior oferta estadual, mas não impactou nos preços do boi gordo em virtude da demanda aquecida pela proteína vermelha”, completam os analistas do Imea.