Até a última sexta-feira (20), 0,27% das áreas previstas foram finalizadas, representando um atraso de 0,57 pontos percentuais (p.p.) em relação a média dos últimos cinco anos e de 1,55 p.p. em comparação com a safra passada (quando também houve a antecipação do vazio sanitário).
De acordo com informantes do Imea, os talhões cultivados até esse momento são áreas de pivôs, uma vez que as chuvas estão atrasadas na maior parte de Mato Grosso ou ocorreram de forma pontual em alguns municípios, sendo insuficientes para o início dos trabalhos nas áreas de sequeiro.
“É importante destacar que a temporada 2024/25 está apenas começando e, como observado historicamente em Mato Grosso, os maiores volumes de semeadura se concentram em outubro, período em que, até o momento, as projeções indicam uma retomada das chuvas em todo o estado”, explicam os analistas.
CUSTO DE PRODUÇÃO - Em setembro, a estimativa de custo de produção da soja para a safra 2024/25 exibiu uma nova queda. Segundo o Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias, o custeio para a safra registrou uma redução de 0,03% em relação à projeção do mês anterior, ficando previsto em R$ 3.970,82/ha.
Quanto ao Custo Operacional Total (COT), o valor estimado foi de R$ 5.496,75/ha, uma queda de 0,02% em comparação com agosto e de 2,43% ante à safra passada. “Analisando o Ponto de Equilíbrio (P.E.) em sacas e em reais para a safra, observa-se que, até o momento, os preços negociados no estado e a previsão de produtividade estão cobrindo as despesas com o COT. No entanto, no que se refere ao Custo Total, o produtor precisaria negociar sua produção a um valor mínimo de R$ 122,72/sc ou alcançar uma produtividade de 67,43 sc/ha. Embora os indicadores atuais apontem para a cobertura do COT, a produção da safra ainda está em aberto, e grande parte dos volumes previstos não foi precificada, o que pode impactar o P.E. da safra”, alertam os analistas.