Com a colheita da safra 2023/24 de soja, em Mato Grosso, quase finalizada, vai se confirmando a projeção de uma quebra na oferta do grão de cerca de 15%, ou uma média de cerca 10 sacas por hectare, considerando a média de 62,3 sacas observadas no consolidado da temporada passada ante a projeção atual de 52,8 sacas de rendimento.
Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com os trabalhos a campo ainda em aberto em alguns municípios, os registros de rendimento das áreas tardias ainda estão sendo apurado, o que limitou a consolidação da produtividade nesta estimativa.
Desse modo, foi mantida a projeção de produtividade da soja para o Estado em 52,85 sc/ha, queda de 15,17% em relação à safra passada.
De acordo com o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, entrevistado do programa Direto ao Ponto, do Canal Rural, os números ainda estão sendo levantados, uma vez que ainda há áreas sendo colhidas.
Mesmo colhendo menos e com o custo de produção parecido com o do ciclo passado, os prejuízos no campo “poderiam ser menores” se os preços da saca de 60 quilos de soja não estivessem em queda.
“A gente teve uma tempestade de três fatores num momento único. Então, a safra 2023/24 foi bastante prejudicada. Se pegar a negociação hoje, ela está R$ 30, R$ 40 atrás do mesmo período do ano passado. E se olhar custo igual e produtividade caindo, a receita cai e as despesas continuam em grandes patamares”.
ATUALIZAÇÃO - Em março, o levantamento realizado junto aos agentes de mercado, apontou a manutenção das estimativas de safra para a temporada 2023/24.
Em relação à área de soja, o indicador Imea permaneceu estimado em 12,13 milhões de hectares.
No próximo mês, o Instituto divulgará a consolidação da área da oleaginosa através do geoprocessamento.
Até a última sexta-feira (29), a colheita da soja alcançava 99,68% das áreas projetadas, avanço de 2,97 pontos percentuais (p.p.) no comparativo semanal.
Com os trabalhos a campo ainda em aberto em alguns municípios do estado, os dados de rendimento das áreas tardias ainda estão sendo apurados, o que limitou a consolidação da produtividade nesta estimativa.
Vale ressaltar que, no mês de maio, o Instituto consolidará os dados de produtividade da oleaginosa, com base nos indicadores apurados nesta temporada, com o levantamento com os agentes de mercado, a produtividade ponderada pelo ritmo da colheita, a pesquisa com produtores de Mato Grosso e o CropTuor, que contemplou os principais municípios produtores.
Por fim, com a manutenção da área e da produtividade, a produção da safra 2023/24 ficou projetada em 38,47 milhões de toneladas, queda de 15,10% ante a safra passada.