“No entanto, apesar do ágio entre os contratos, o movimento dos operadores da Bolsa ainda não deixa claro qual a ‘intensidade’ da recuperação para outubro, visto que, ao longo de julho, o contrato BGIV24 apresentou redução de R$ 5,30/@ (em 26/07 ante 01/07). No mercado físico, nos últimos 16 anos, apesar de outubro apresentar ganho médio de 3,70% em relação a julho, o movimento foi o contrário nos últimos três anos, com retração média de 10,94% para o mesmo comparativo. Com isso, o mercado físico segue sem tendências claras de aonde quer chegar, e fatores como a redução nos abates de fêmeas e a oferta da boiada do 2º giro de confinamento serão importantes para o comportamento de preços”, pontuam os analistas do Imea.
MENOS DIAS - Em Mato Grosso, o encurtamento nas escalas de abates consolida a chegada da entressafra no estado e o indicador fechou a última semana com média de 10,99 dias.
MERCADO - Com 11,35 milhões de toneladas produzidas, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estima que a produção de carne brasileira atinja recorde em 2024. De acordo com o departamento, o volume de carne produzido pelo Brasil deve ser 7,48% superior ao de 2023. Dessa forma, com o pico do envio de fêmeas para as indústrias neste ano, os abates bovinos devem gerar 11,35 milhões de toneladas de carne.
Assim, o país permanece com a posição de segundo maior produtor da proteína, atrás apenas dos Estados Unidos, cuja produção está estimada em 12,14 milhões de toneladas.
“Além do aumento na oferta, o USDA também estima uma demanda aquecida para o mercado brasileiro, com a projeção de 3,30 milhões de toneladas de carne bovina enviadas para o mercado externo, o que mantém o Brasil com o título de maior país exportador da proteína. Uma vez confirmadas as estimativas, a disponibilidade de carne bovina no mercado interno deve ficar em 8,05 milhões de toneladas”, apontam os analistas do Imea.